domingo, 7 de outubro de 2012

Sobre a dor

A semana passada foi meio engraçada. Dor e sofrimento foram assuntos recorrentes em minha vida, embora  esteja tudo bem comigo. Aquela fase da vida em que você torce para que dure, sabe? A dor vem dos outros, acho que é uma forma da vida dizer que é bom eu aprender antes que isso aconteça comigo.
Começou assim: a Hebe morreu. Na hora que li essa notícia no Twitter, meu olho encheu d'água. Estranho. Nunca fui uma fã enlouquecida dela nem nada, apesar de admirá-la. Morrer por causa de um câncer é uma forma meio cruel de morte, eu acho.
Aí chegou em casa "A Culpa é das Estrelas", que eu tinha comprado junto com "O Queijo e Os Vermes" num surto de consumismo literário numa promoção do Submarino. Eu estava super atolada de trabalhos na faculdade, preparando um seminário de Medieval (que eu acho que fui bem) e resolvi ler a primeira página para distrair um pouco. Quando percebi já estava no 4º capítulo. Uma história encantadora, sobre uma menina com um câncer incurável, mas é extremamente bem humorado, se é que isso é possível. É muito tocante também, você chora o tempo todo. Li tudo tão rápido que fiquei desejando mais! Acho que se contar mais sobre a história, estragarei toda a surpresa. Ficaria extremamente irritada se alguém me contasse mais do que isso.

Minhas estantes lindas que não têm nada a ver com o assunto, mas merecem ser mostradas.


Numa quinta-feira, na aula de Filosofia da faculdade, tive a melhor aula sobre Nietzsche de todos os tempos. Tratando justamente, sobre o sofrimento. O professor mostrou um vídeo muito bom sobre esse assunto, somente um dos muitos aspectos da obra do filósofo, é claro, mas muito interessante.


Quando comecei a escrever esse texto, pensava que iria refletir sobre a efemeridade da vida, mas acho que não é bem isso o que quero falar. A vida às vezes apresenta esse tipo de assunto para a gente amadurecer. A verdade é que viver não é justo, as coisas não estão totalmente sob o nosso controle, e isso me irrita profundamente. Acho que sou do tipo controladora, e saber que a direção que estou tomando pode sofrer um desvio a qualquer momento é algo aterrorizante. Nunca saberemos lidar com a dor, não somos preparados pra esse tipo de coisa. O jeito é ir vivendo, eu acho. Não cheguei a nenhuma conclusão, afinal.